{Resenhando #95} A Vida como ela era - Susan Beth Pfeffer

Título: A Vida como ela era

Autor: Susan Beth Pfeffer
Editora: Bertrand 
Páginas: 378 
*Livro cedido pela editora para resenha

Quando Miranda começa a escrever um diário, sua vida é como a de qualquer adolescente de 16 anos: família, amigos, garotos e escola. Suas principais preocupações são os trabalhos extras que os professores passaram tudo por causa de um meteoro que está a caminho da Lua.
Ela não entende a importância do acontecimento; afinal, os cientistas afirmam que a colisão será pequena. Mas, mesmo assim, acredita que esse será um evento interessante a se observar, com binóculo, do quintal de casa.
Para surpresa de todos, o impacto da colisão é bem maior do que o esperado, e isso altera de modo catastrófico o clima do planeta. Terremotos assolam os continentes, tsunamis arrasam os litorais e vulcões entram em erupção. Em 24 horas, milhões de pessoas estão mortas e, com a Lua fora de órbita, muitas outras mortes são previstas. Os supermercados ficam sem comida, e Miranda e sua família precisam, então, lutar pela sobrevivência em um mundo devastado, onde até a água se torna artigo de luxo.

Tudo é questão de abrir portas. Abrir mentes, abrir tudo. Talvez esta decisão tenha mudado tudo quando de surpresa, A vida como ela era apareceu aqui em casa. Foi completamente inusitado, e mesmo lendo abaixo que era para fãs de Jogos Vorazes, não me abalei. Fiquei curiosa para conhecer a história, por incrível que pareça. Com a capa simples, a originalidade da autora me conquistou e me fez repensar muito bem minhas escolhas literárias. Quem sabe até posso dar uma chance para a Collins?

Miranda é uma adolescente normal que ama patinar. Tem uma vida rotineira de qualquer garota de colegial. Seus pais são divorciados e ela mora com a mãe e seu irmão mais novo. Sua cidade é completamente acolhedora e comum. Porém, tudo isso está prestes a terminar quando uma colisão natural entre o meteoro e a lua, faz com que a última comece uma aproximação perigosa com a Terra. O que fazer quando tudo que você achava ser banal, começa a ser luxo? Quando sobreviver começa a ser questão de sorte?

Por que sentir pena de mim mesma hoje quando amanhã será pior? É uma droga de filosofia, mas é tudo que tenho.

Contado em diário, o livro oferece o dia a dia de Miranda durante um ano. A história é dividida em estações e podemos defini-las muito bem como fases da obra. Minha primeira distopia com certeza veio para me apresentar um gênero completamente inovador e cheio de vida. Comecei a ler com expectativas altas, e terminei super satisfeita.

Susan insere neste livro não só uma distopia com uma história sobre fim de mundo, mas também uma luta interna e familiar baseada na sobrevivência. Ela acrescenta também sentimentos de uma garota que mesmo aos destroços do mundo, continua sendo uma adolescente comum e com desejos completamente normais. Não posso dizer que a história já começou boa porque acabei levando a leitura um pouco no arrasto nas primeiras cem páginas, mas quando terminei só pude pensar "uau". 

O enredo é de tirar o fôlego e te deixar sem palavras. O universo constituido de cacos é completamente instigante e você se vê presa naquele mundo. 

Eu cheguei a sonhar com a história de tão ligada que eu fiquei. Quando estava longe do livro, olhava pra ele e pensava "o que será que vai acontecer?".

Outra coisa que não posso esquecer de comentar: a reflexão. Essa foi a experiência que com certeza mais mexeu comigo. Todas as lições que tive indiretamente e diretamente neste livro, passarão a fazer parte do meu cotidiano. 

Estou oficialmente inserida no meio distópico e só agradeço a editora por enviar este livro de surpresa que com certeza, mudou e continuará mudando minha vida como leitora! Caraca, com certeza, minha última leitura de 2014 foi para fechar o ano com chave de ouro!

“Nunca pensei muito sobre o fato de que a lua que vejo é a mesma que Shakespeare, Maria Antonieta, George Washington e Cleópatra viram. Para não mencionar os zilhões de pessoas de que nunca ouvi falar. Todos os Homo Sapiens e Neandertais olharam para a mesma lua que eu olho. Ela também aparecia e desaparecia do céu deles”.

Recomendado para aqueles que curtem fim de mundo, uma história intensa e completamente envolvente. 

Classificação:

Bom gente, é isso!

Espero que tenham gostado da resenha.

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Com certeza foi muito especial escreve-la, uma vez que o livro me marcou tanto!

Beijos,

Mar!